Review | Death Stranding: um jogo com uma proposta única

Alanis Cavalheiro

17/09/2022 - Lida por: 862 pessoas

Death Stranding Review

Desde quando anunciado em produção, Death Stranding recebeu muita atenção por levar o nome de Hideo Kojima em sua direção e produção.

Não é para pouco, afinal: Kojima é conhecido por fazer o bom uso de histórias longas, complexas e até mesmo conspiratórias, e que somadas ao fascínio de Hideo pela sétima arte trazem o que muitos desejavam em um jogo dos tempos atuais.

Death Stranding é um jogo incrível em todos os seus sentidos. Superando expectativas e propondo uma história intrigante do começo ao fim.

Não é um jogo para qualquer um, realmente. Mas é o jogo certo para quem gosta de uma história envolvente e sem pressa para terminar. Aproveitar cada episódio desse jogo é fundamental, e definitivamente você não vai se arrepender.

O objetivo desse review é comentar sobre Death Stranding e os recursos que compõem o jogo. Teremos alguns spoilers, ou pelo menos, o mínimo deles. Por conta disso, não será comentado sobre os personagens em si.

Pode ficar tranquilo! As informações compartilhadas não irão afetar sua experiência ou interferir em seu jogo, assim como não será comentado sobre os personagens.

A história do game se passa em um período pós apocalíptico e é focada na América, em que, após um evento de aparências cataclísmicas, pessoas sobreviventes precisam se refugiar em abrigos subterrâneos.

Protegidos de ocorrências climáticas que afetam a qualidade e põem em risco a vida dos indivíduos, muitos precisam solicitar por produtos perecíveis, equipamentos e tudo que é necessário para a sobrevivência.

Partindo dessa premissa, temos os personagens que compõem essa história e fazem a evolução acontecer.

Créditos: Jovem Nerd

Elenco de peso

O trailer lançado em 2016 deixou o público de cabelos em pé quando apresentou Norman Reedus – sim, o Daryl Dixon de The Walking Dead – nu, chorando e com um bebê ao lado, este que, segundos depois, é pego no colo. Tão complexo quanto o início, o trailer se encerra com o personagem encarando 5 seres misteriosos.

Personagem principal dessa história, Norman Reedus dá vida a Sam Porter Bridges, um cara super de boas e que faz o que faz da melhor forma. Entrega pedidos em todo e qualquer canto da América que outros não conseguiriam.

Apresentado no trailer do game, temos outro ator já conhecido por ter grande presença nas telonas, Mads Mikkelsen. O mesmo já deu vida ao enigmático serial killer Hannibal Lecter e ao feiticeiro Kaecilius em Doutor Estranho. Estes são apenas dois dos muitos papéis do extenso currículo do ator.

Troy Baker, dublador de grandes games como The Last Of Us 1 e 2 – onde deu voz a Joel Miller –, também faz parte do elenco de Death Stranding junto com o ator e dublador Tommie Earl Jenkins.

Também compõem o elenco desse jogo as atrizes Léa Seydoux como Fragile e Margaret Qualley como Mama, tal como os diretores e roteiristas Guillermo Del Toro e Nicolas Winding Refn.

Death Stranding Review
Créditos: Amazon

A ponta de um iceberg

O jogo gerou bons memes, como simulador de caminhada ou simulador de sedex. Por outro lado, DS vai muito além disso.

Através da proposta de entregar o que as pessoas precisam, você gera aquilo que é de mais necessário nesse momento caótico, conectar a América. Tanto no sentido figurado como no literal.

Vendido com a proposta de um jogo de ação e aventura, podemos utilizar da velha frase “Quem procura, acha” para definir a temática de Death Stranding.

Com pedidos mais pesados ou delicados, você vai precisar utilizar de alguns fatores para fazer o negócio fluir, e é aí que entra um característica muito massa desse jogo: a cooperatividade multiplayer.

Conectado através da sua internet no console, você é capaz de visualizar ou encontrar pontos de colaboração de outro jogador que passou pelo mesmo perrengue que você em algum momento.

É claro que nem tudo é capaz de suportar tanto tempo. A chuva pode deteriorar tudo o que está exposto. Em outras palavras, algumas estruturas não duram tanto quanto outras.

A ideia genial de Kojima em produzir um multiplayer cooperativo como esse game é o que torna parte dele no que é. Estimulando ajudas e mais ajudas conforme sua jornada continua, as suas criações também podem auxiliar outros jogadores.

Em outras situações, suas cargas não serão o objetivo principal da missão, mas sim o destino e a complexidade da entrega. Essas demandas trazem as “pedras no sapato” que são, por exemplo, os bots que querem roubar o que você tem.

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Duração da gameplay

Apenas pela proposta apresentada no trailer de Death Stranding já dá para imaginar uma complexidade no game. Isso despertou uma curiosidade em muitos gamers.

Acontece que nem todos estão preparados para a mente de Hideo e seu jogo à la Kojima.

Sem amarras para jogos restritos e rasos, a gameplay de DS é longa e nem mesmo se você ficar sem comer ou dormir vai conseguir terminar a história em um dia.

É um jogo que merece a devida atenção e uma certa paciência para ser finalizado. Mesmo que a curiosidade para entender tudo seja grande, no final vai valer a pena a espera para entender.

Créditos: Combo Infinito

A arte e trilha sonora de Death Stranding

Inegavelmente, a Kojima Productions trouxe uma essência única para esse jogo, desde os mínimos detalhes até os mais complexos.

A nova geração de jogos tem sido cada vez mais exigente com o quesito visual; temos exemplos como God of War (2018) e The Last Of Us (tanto a versão remasterizada quanto a versão parte 1 lançada esse mês – mas isso deixamos para o próximo review) e The Last of Us 2.

Todos esses games fazem um bom uso tanto de personagens e suas ações, como também dos cenários vividos e aproveitados.

No primeiro momento, a perspectiva apresentada em Death Stranding já agrada e não é nem 10% de todo o leque de gráficos incríveis que o game oferece.

Utilizando do sistema de reproduções de movimentos, assim como Detroit: Become Human, temos a captação de expressões, que é tão fiel que você se sente aliviado e instigado a observar cada detalhe. Este é tão puro e realista que até uma simples lágrima se torna algo lindo visualmente.

Sendo um jogo que a tecnologia é parte essencial do novo mundo e da vida dos personagens, utilizar gráficos como os que são vistos é uma boa tática de Kojima, e temos de admitir esse ponto muito positivo.

Andando de mãos dadas aos recursos visuais, temos uma trilha sonora extensa e bem posicionada durante a gameplay.

Sabe aquela música que faz falta em alguns percursos mais longos? Não vai precisar se preocupar com isso em Death Stranding, visto que as escolhas sonoras fazem vocês dispensar o Spotify e aproveitar o momento.

Jogabilidade

Assim como qualquer jogo tem seus prós e contras, é preciso citar um pequeno detalhe quando se joga esse jogo e que às vezes ignoram pois acham desnecessário.

Se você não se atentar às dicas, vai rolar morro abaixo com carga e tudo, ou vai boiar no rio até as margens de sabe-se lá onde.

Fora isso, a prática leva a perfeição e se adaptar aos pedidos e demais situações fornecem uma jogabilidade sem maiores problemas.

Por conta dos recursos que são disponibilizados e a cooperação multiplayer, você consegue um certo conforto para muitas situações. Coisa que um jogo sem esse conceito não funcionaria tão bem.

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Créditos: Amazon

Avaliação final de Death Stranding

Avaliação final: nota 9

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